quinta-feira, março 28, 2024

por Cosme Rimoli
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São Paulo, Brasil

2024 deveria ser o ano da vergonha.

Pela primeira vez o Santos disputará a Segunda Divisão.

Rebaixado no Brasileiro, depois de campanha pífia em 2023.

Clube fora da Copa do Brasil, não conseguiu se classificar.

Fora da Copa Sul-Americana.

Longe da Libertadores da América. 

Mas a temporada começa de forma surpreendente.

Com o Santos na final do Campeonato Paulista, depois de oito anos longe da decisão.

Mais de 44 mil santistas lotaram a Neo Química Arena, estádio do rival Corinthians, estádio escolhido pela diretoria, por mais dinheiro da arrecadação, R$ 3 milhões.

Não pelos jogadores e muito menos por Carille, que desejavam a Vila Belmiro.

Aliás, o grande responsável, por este momento de alívio em um ano tão difícil, foi o técnico.

Carille fez com que o presidente Marcelo Teixeira o ouvisse nas contratações e chegou à Vila Belmiro uma equipe experiente, mas muito competitiva, para o objetivo do ano, a acesso de volta à Série A do Brasileiro.

E, com toda personalidade, ele ‘mudou o DNA’ do Santos. 

Ao contrário do que aconteceu em 2022, quando foi demitido por tentar montar um time reativo, que marcasse muito, fosse compacto e tivesse contragolpes em alta velocidade, e ótima bola parada, ao contrário dos times ofensivos, que o Santos tinha no seu auge, quando venceu dois Mundiais, dois anos mais tarde, está provando que sempre esteve certo.

A vitória de ontem, por 3 a 1, com gols de Joaquim, Guilherme e Giuliano, com Sasha descontando para o Bragantino, foi justa. Pela efetividade, vibração, compactação. Marca registrada de Carille.

“Chegamos em uma semifinal sendo o elenco mais novo em termos de formação. O Novorizontino quase subiu (para a Séria A, em 2023), o Bragantino jogou pré-Libertadores e o Palmeiras ganha tudo nos últimos anos.

“Vamos ter que brigar muito para suprir isso e incomodar os adversários.

“Mas, para ganhar de nós, vão ter que suar muito, a gente chega muito confiante para a final.”

Carille sabe que tem o elenco nas mãos.

E também o quanto pode surpreender nesta decisão, principalmente se for contra o Palmeiras, dono do segundo elenco mais caro do país.

“Sabíamos o que tínhamos de fazer. Enfrentamos uma equipe que joga bem, tem qualidade de saída. A gente tornou o jogo mais fácil pela nossa atitude, mas não foi fácil.

“O Bragantino começou a finalizar de longe, o que pra gente era importante. Era algo que a gente meio que planejou, de não deixar muitos cruzamentos, eles têm o Sasha que não é tão alto, mas cabeceia muito. Foi o respeito e saber o que a gente tinha de fazer para dificultar o adversário.”

As frias estatísticas mostram que Carille conseguiu o que queria.

Ao fechar as laterais, com João Schmidt e Pituca protegendo de maneira firme tanto Hayner quanto Felipe Jonatan, travando os cruzamentos, o Bragantino usou e abusou dos chutes de fora da área, como Carille tanto queria,.

Os números são assutadores, com o time da Red Bull arrematando 23 vezes, e o Santos, dez.

A esmagadora maioria dos chutes do Bragantino foi de fora da área, o que facilitou a vida de João Paulo. 

O time da Carille foi mais letal.

Principalmente pelo alto. Os gols de Joaquim, Guilherme e de Giuliano foram de cabeçadas.

O time melhorou muito ontem. As últimas partidas do Santos haviam sido muito ruins, fracas.

A volta de Giuliano, para ditar o ritmo, e ganhar o meio-campo, foi fundamental.

“Ele dispensa comentários sobre a qualidade técnica. Já foi o melhor jogador sul-americano pelo Inter, carreira bonita, enfrentei muito na Arábia. Em 2018/2019 foi o grande nome do Al-Nassr. Sabe fazer gol, tocar na bola, perdemos por um período, mas está voltando. Teve uma ótima atuação.”

Carille não quis confirmar, mas Marcelo Teixeira quer a partida do Santos, como mandante, na Arena Neo Química, no estádio do Corinthians, de novo.

Por conta do dinheiro.

“Vamos honrar a camisa do Santos nesta final. Seja onde for”, promete o treinador.

O clube ter chegado à decisão do Paulista foi absolutamente justa.

E contar com 44 mil santistas ao lado é muito melhor do que apenas 18 mil, que a Vila Belmiro comporta.

Finalmente, hoje o santista tem motivo para sorrir.

Os últimos anos foram péssimos, assustadores…

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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